quarta-feira, 21 de março de 2018

TRASLADAÇÃO DOS RESTOS MORTAIS DA ALEXANDRINA DA CAMPA PARA A CAPELA-JAZIGO DO CEMITÉRIO DE BALASAR EM 1957

Em 1957, o bispo auxiliar de Braga foi a Balasar para benzer a capela mandada construir no cemitério e fazer exumar o corpo (da Alexandrina), que tinha sido sepultado na terra, e transportá-lo para a nova sepultura. Era o dia 11 de Outubro; presenciaram este acto, além do bispo auxiliar, o Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, o doutor Manuel Melo Adriano, docente de Medicina na Universidade do Porto, o médico subdelegado da saúde da região, doutor Costa Azevedo, e o doutor Manuel Augusto Dias de Azevedo.
À massa dos fiéis foi proibido entrar no cemitério; muitos deles subiram ao muro da cerca para procurar ver.
O doutor Adriano, a pedido do bispo auxiliar Mons. Francisco Maria da Silva, redigiu um relatório sobre a exumação do corpo da Alexandrina, no dia 23 de Dezembro seguinte. Entre outras coisas escreveu:

Procedendo à remoção da terra, apareceu um nicho em cimento com cerca de dois metros de comprimento por um de largura e um de altura, aberto num dos lados até ao fundo, e vê-se parte da caixa mortuária. Retirada a placa de cimento, munida de dois anéis de ferro e atravessada por fios de ferro que envolviam a estrutura, e removida a terra que cobria a caixa mortuária, esta apareceu em discreto estado de conservação, corroída apenas numa pequena parte da cobertura, na extremidade mais larga, correspondendo à cabeça do corpo.
Não se sentiu o mínimo odor de putrefacção de cadáver. Fui convidado pelo bispo auxiliar a entrar na capela mortuária. Retirada a tampa da caixa mortuária, apareceu o corpo que não apresentava o mínimo sinal de putrefacção. Pelo exame feito posso dizer que me encontrei diante dum caso de destruição de cadáver sem corrupção. Com todo o respeito, tomo como testemunha N. S. Jesus Cristo e diante d’Ele juro humildemente que tudo quanto escrevo não depende de modo algum da sugestão externa de quem quer que seja e que é a pura expressão da verdade e que da minha parte não há a mínima ideia preconcebida.

O doutor Azevedo afirmou-me que a decomposição do corpo da Alexandrina sem putrefacção é um facto extraordinário que escapa às leis da natureza.

Da autobiografia do Pe. Humberto Pasquale




Capela-jazigo para onde em 1957 foram trasladados os restos mortais da Beata Alexandrina.

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