terça-feira, 16 de setembro de 2014

DA IGREJA DO MATINHO À IGREJA NOVA (13)

A Igreja de Balasar, a de Amorim e a da Misericórdia

A Igreja de Balasar, a de Amorim e a da Misericórdia são contemporâneas. A de Amorim começou a ser construída em 1908 mas só foi benzida em 1920; a construção da da Misericórdia começou talvez no mesmo ano e foi benzida em 1914.
Globalmente, a de Balasar é a que mais fiel se mantém à tradição arquitectónica e decorativa; os arquitectos da de Amorim e da da Misericórdia claramente pretenderam trilhar caminhos novos. Na da Misericórdia destacam-se a fachada aparatosa e um interior rico e belo, mas sem exageros; à de Amorim apetece chamar igreja de brasileiro, pelo seu carácter vistoso e por certa riqueza de decoração, mais no exterior; o interior não é particularmente feliz.

Interior da Igreja Nova de Amorim.

Na de Balasar todavia há dois aspectos que a tornam notável, a sua dimensão e a sua talha. A sua dimensão fez dela caso único na região durante muito tempo e foi certamente isso que levou a que, em tempo do Pe. Leopoldino, lá tivessem decorrido sucessivos e grandes encontros de fiéis de várias paróquias vizinhas; a talha, em especial a do retábulo do altar-mor, sem romper com a linha tradicional, era belíssima.
Cândido dos Santos, falando da igreja nova, classificou-a de “sumptuoso templo”; o Pe. Leopoldino chamou-lhe “ampla e majestosa” igreja. Estas avaliações devem reflectir a sensação que então a igreja dava às pessoas de Balasar e às de fora.
Porta principal da Igreja Nova de Amorim.

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