domingo, 1 de junho de 2014

De Balasar para o mundo

Havia um texto nosso em linha em várias localizações, inclusive no site da Arquidiocese de Braga e no da Agência Ecclesia, como tínhamos dito aqui. Recentemente desapareceu destas destes dois sites onde esteve talvez dez anos. Vamos copiá-lo abaixo para recordar. Que ele ainda está em muitos lados e em várias línguas. Basta procurar.

Um dos aspectos mais surpreendentes na Alexandrina é a dimensão universal insistentemente atribuída à sua mensagem. Tudo nela tem alcance mundial. Se acontece em Balasar, é para se projectar no mundo.
Já em 22 de Novembro de 1937, quando ela era conhecida apenas num reduzidíssimo círculo de familiares e amigos, Jesus lhe afirmava:
Eu quero que, logo após a tua morte, a tua vida seja conhecida, e há-de o ser, farei que o seja. Chegará aos confins do mundo (…)
Um dia, durante um êxtase da Paixão, estava ela no chão sob o peso da cruz, dois homens tentaram levantá-la, mas não conseguiram. Ela pesava mais ou menos 34 quilos. À pergunta do director espiritual sobre quanto pesava a cruz que carregava, esclareceu que ela tinha um “peso mundial”.

Terracota italiana, certamente de origem salesiana, que mostra a Beata Alexandrina a envolver o mundo no Rosário.

A consagração ao Imaculado Coração de Maria de que foi mensageira não foi a da Rússia ou de Portugal, nem a da Cristandade, foi a do mundo. Isso está bem claro nas palavras de Jesus proferidas em 29 de Maio de 1942 e já citadas noutro local:
Ave, Maria, Mãe de Jesus!
Honra, glória e triunfo para o seu Imaculado Coração!
Ave, Maria, Mãe de Jesus, Mãe de todo o universo!
Quem não quererá pertencer à Mãe de Jesus, à Senhora da Vitória?
O mundo vai ser consagrado todo ao seu Materno Coração!
Guarda, Virgem pura, guarda, Vir­gem Mãe, em teu Coração Santíssimo, todos os filhos teus!
Veja-se o alcance universal atribuído à vida da Alexandrina nestas espantosas frases:
Minha filha, escola de toda a humanidade! ...
Quanto deve ela aprender nesta escola:
Escola da vida de Cristo, escola da ciência do Altíssimo!
É aqui que aprendem os pequenos, os grandes, os ignorantes e os sábios.
É nesta escola que se aprende a sofrer e a amar. (15/4/49)
E ainda esta outra citação, de teor semelhante ao da precedente:
Vem o Jardineiro divino ao seu jardim a ver as maravilhas que nele operou e o fruto de tantas canseiras. (…)
As minhas maravilhas em ti não ficam ocultas, não consinto no seu escondimento.
Hão-de brilhar! São a minha glória; são salvação das almas.
Tudo será conhecido, minha doutora das ciências divinas[1], tudo será conhecido no livro da tua vida.
És a heroína do amor, a heroína da dor, a heroína da reparação, a heroína dos combates, a rainha dos heroísmos. (18-5-1945)
São abundantes as afirmações deste género, que são sempre altamente poéticas. Mas a que segue tem ainda assim carácter excepcional. Quando o mundo se dilacerava numa guerra que parecia não ter fim, ele era entregue, no dia da Imaculada Conceição, aos cuidados da Alexandrina. Mais, ela era declarada sua rainha, “rainha do mundo”:
Tu és a segunda arca de Noé.
Em ti guardo os pecadores;
em ti, como nessa arca, guardo tudo para a vida do no­vo mundo.
A tua dor, a tua imolação é dor e humilhação de vida mais para as almas que para os corpos.
Coragem, filhinha! Nada temas.
A chuva que sobre a nova arca cai não é de condenação, é de salvação:
é chuva de humilhações, desprezos e sacrifícios.
A arca não está em perigo: navega nas alturas.
Uma vez que baixem as águas da perseguição, verá o mundo a riqueza que continha, que era de salvação.
Filhinha, amada querida, Eu não estou sozinho, está comigo a minha bendita Mãe; escuta o que ela te diz.
Jesus à esquerda, a Mãezinha, à direita, tomou-me para o seu regaço, apertou-me fortemente contra o seu sacratíssimo Coração, cobriu-me de carícias e disse-me:
— Minha filha, venho com o meu divino Filho fazer-te a entrega da humanidade e fechá-la em teu coração.
Ficam as chaves na posse do teu Jesus e da tua querida Mãezinha.
Dei-te o meu santíssimo manto e a minha coroa de rainha: foste coroada por mim.
És rainha dos pecadores, és rainha do mundo, escolhida por Jesus e por Maria. (8-12-1944)


[1] Em 22-2-1946, Jesus declara à Alexandrina: “És mestra de todas as ciências, doutora das ciências divinas”.
Em 1-12-44, já lhe chamara “livro onde estão escritos com dor e sangue, letras de oiro e pedras preciosas todas as ciências divinas”.

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