sexta-feira, 30 de maio de 2014

Uma freira balasarense

Há um testamento balsarense que menciona uma freira. Chamava-se Ana e viveu o momento escaldante da extinção das Ordens Religiosas. Claro que não tem nada a ver com a Beata Alexandrina, mas alguma coisa tem a ver com a Santa Cruz.
O testamento é de Custódio Alves da Costa, de Guardinhos, e foi aprovado em 27 de Julho de 1849.
O testador era pai de dez filhos, a saber, Custódio Alves, solteiro, que vivia com o pai, José Alves, que casara para Arcos, António Alves, Ana (freira no Convento de Leiria), Josefa e Maria (a viverem com o pai), Francisco Alves dos Santos e Luís Alves dos Santos (ausentes no Rio de Janeiro), Manuel Alves e Ludovina, também solteiros.
O convento em que professara a irmã Ana Alves, de Guardinhos, deveria ser o Convento de Santa Ana.
Nesses tempos antigos as freiras eram originárias principalmente de famílias nobres e não populares, como é aqui o caso.
O Custódio Alves pai era homem abastado (possuía dois prazos e várias terras) e por isso não se entende bem a razão por que tantos filhos continuavam solteiros. 
Representação tradicional de Santa Ana: um senhora adulta, Santa Ana, a ensinar uma menina a ler, Nossa Senhora.

Sem comentários:

Enviar um comentário