terça-feira, 20 de maio de 2014

Declarada Venerável

No Diário do Minho de 13 de Janeiro de 1996, foi publicado o artigo que se segue (aqui transcrevemo-lo d'O Notícias da Póvoa de Varzim de 17 de Janeiro). A Serva de Deus Alexandrina Maria da Costa acabava de ser declarada Venerável.

Alexandrina Maria da Costa, que fa­leceu em Balasar, Póvoa de Varzim, em 1955, foi declarada Venerável, no dia 12 do corrente.
Juntamente com aquela Mística por­tuguesa foram declarados veneráveis mais sete servos de Deus. A Alexan­drina aparece em oitavo lugar por ser, de todos eles, a que faleceu há menos tempo.
A leitura dos respectivos decretos teve lugar no Vaticano, pelas 12.00 horas, na presença do Santo Padre, dos mem­bros da Congregação para as Causas dos Santos e dos postuladores das várias causas de beatificação.
Isto significa que a Igreja reconhece ter Alexandrina Maria da Costa prati­cado acima do comum - em grau he­róico - as virtudes cristãs. Deixou de ser chamada Serva de Deus para ter o título de Venerável. Agora segue-se a análise dos milagres que são atribuídos à sua intercessão, podendo o Santo Padre vir a declará-la Beata.
O título de Venerável não dá, todavia, direito a que se lhe preste culto público, com o qual só é lícito venerar os servos de Deus que pela autoridade da Igreja foram incluídos no álbum dos Beatos e dos Santos, conforme o Cânone 1.187, do Código de Direito Canónico.
Alexandrina Maria da Costa nasceu em Balasar no dia 30 de Março de 1904. Frequentou, durante ano e meio, a escola primária na Póvoa de Varzim, onde aprendeu a ler e a escrever, mas não fez nenhum exame. Dos 8 aos 14 anos, viveu um período intenso de oração e de trabalho, tendo aos 12 anos sido acometida de uma doença grave que a levou às portas da morte. Aos 14 anos, para fugir de um homem que abusiva­mente entrou em sua casa, Lino Fer­reira, deitou-se abaixo da janela, de uma altura de quatro metros. Em con­sequência disso sujeitou-se durante sete anos a dolorosos tratamentos, mas a partir de 14 de Abril de 1925 ficou imóvel, tendo de permanecer na cama du­rante trinta anos. Veio a falecer a 13 de 1955.
Compreendendo que a sua vocação era o sofrimento - sofrer, amar, repa­rar - ofereceu-se a Deus como vítima pela salvação das almas.
Foi porta-voz da vontade de Deus no pedido de consagração do mundo ao Coração ­Imaculado de Maria, proclamada por Pio XII, em 1942.
Teve uma grande amor à Santíssima Eucaristia fazendo da sua vida uma contínua adoração eucarística. Não podendo já engolir nem sequer uma gota de água, viveu os últimos treze anos alimentada apenas pela comunhão diária, à semelhança do que aconteceu com Teresa Neumann e outras místicas.

Foi grande também o seu amor pela Paixão de Cristo tendo-a vivido misticamente de modo cada vez mais intenso. Sofreu as dores das chagas, da coroação de espinhos, da flagelação.

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