domingo, 25 de maio de 2014

Colóquio de Jesus com a Beata Alexandrina (fragmento de 16 de Março de 1945)

- Arredado de Mim, minha filha, longe, muito longe, está o pecador endurecido e louco pelas paixões. Longe, muito longe vivem os pecadores entregues ao vício e à carne, loucos e cegos de todos os vícios.
Vem cá, minha filha, vem, minha pomba branca, receber do teu Jesus, Pai e Esposo, o remédio, a vida e a luz para os conduzires a Mim.
Jesus uniu o Seu Divino Coração ao meu, assim como o Seu rosto santíssimo e lábios aproximou também dos meus. Acariciou-me e passou dele para mim luz, amor, conforto e vida. Dava-Me tudo o que possuía. E continuou:
- Vai, filhinha, medicina das almas, vai dar tudo isto; escolhi-te para a salvação delas, escolhi-te para amparo delas, escolhi-te para seres a sua luz.
Dá-lha, arranca-as das trevas. Vai com o meu amor e a tua dor inigualável arrancá-las das garras de Satanás; estão presas no lodo e enleadas nos espinhos. Tu és a luz das luzes, a loucura, o amor dos amores.
- Ó meu Jesus, dai-me o que quiserdes, dai-me o que é Vosso, só com o que é Vosso eu posso roubá-las ao demónio, só com a luz do Vosso divino amor eu posso dar-lhes luz. Tenho sede, tenho sede, Jesus, de Vos dar almas, todas as almas.
- A tua sede é a minha, meu encanto: sacia-ma, tenho sede e fome de almas, é sede e fome do que causa a morte. Olha, estão tantas presas, enleadas naqueles espinhos! Se não fores lá tirá-las, lá morrem, de lá passam para o inferno.
- Já, já, meu Jesus, vou, quero ir lá desprendê-las, custe o que custar.
- Minha filha, mas deixas lá tuas carnes…
- Não importa, meu Jesus, quero salvá-las.
- Minha filha, perdes lá o teu sangue…
- Deixá-lo, meu Jesus, também Vós o perdestes até à última gota. Eu quero ir lá, custe o que custar, perca o que perder. Eu vou, Jesus, eu vou ainda que naqueles espinhos se desfaçam e fiquem lá meus ossos. Pelo Vosso divino amor dou tudo e tudo dou pelas almas.
Que tormentosa foi a visão destes espinhos! Sem um grande auxílio, sem a força do Céu, nunca, nunca se desprenderiam de lá tantas, tantas ovelhinhas. 
- Ó pura, ó bela, ó vencedora das almas, tu ostentas a bandeira da vitória! Tu és o lírio dos vales, flor mimosa dos prados! As tuas virtudes são lírios, são açucenas, flores do jardim angélico que adornam o trono da Majestade divina! 
Que bem fará às almas, quando a tua vida for conhecida, pregada e lida, a tua vida celeste, a tua vida sem igual!
Oh, quanto eu anseio que a luz que de Mim recebeste vá penetrar nos corações de toda a humanidade! Oh, como eu anseio que ela aprenda neste livro de virtudes e ciências divinas!

Sem comentários:

Enviar um comentário