domingo, 8 de julho de 2012

Faz agora 100 anos… (6)


Na Aguçadoura

Um dia a pequena Alexandrina foi enviada à Aguçadoura a pedir para o culto de Nossa Senhora das Dores. O capelão desta capela era então o dinâmico e culto P.e José Cascão, cuja rica biblioteca – “talvez a primeira biblioteca particular da Póvoa”, no dizer do seu condiscípulo P.e Leopoldino Mateus – se encontra actualmente no Centro Paroquial Monsenhor Pires Quesado[1].
Veja-se a "má ideia" que a Alexandrina teve - e a determinação que ela tinha:

O capelão de Nossa Senhora das Dores lembrou-se de organizar várias comissões de meninas, para arranjar meios para o culto da mesma capela. Essas comissões espalharam-se pelas freguesias vizinhas da Póvoa de Varzim. Eu fui para a Aguçadoura. Aceitávamos tudo o que nos dessem, como batatas, cebolas, etc... Por mais que pedís­semos, pouco arranjámos e tivemos a má ideia de saltar a um campo e tirar batatas, cerca 2 kg. Fui eu uma das que fiz tal acção, enquanto as outras vigiavam. Entregámos as ofertas, não contando nada do que se tinha passado.

Na altura a actual Vila da Aguçadoura ainda não era paróquia (pertencia a Nabais).

Imagem: Igreja da Aguçadora.


[1] A Alexandrina pertenceu às Filhas de Maria; esta associação tinha um núcleo na Senhora das Dores, que o mesmo P.e José Cascão aí estabeleceu e dirigiu durante largo período. Mas ela inscreveu-se por Cavalões.
Pertenceu também ao Apostolado dos Doentes, que nascera da iniciativa do médico Abílio Garcia de Carvalho (que lhe prestou alguma assistência) e cuja sede era em S. José de Ribamar. O padre Manuel da Costa Gomes, que esteve à frente da paróquia de S. José de Ribamar e que dinamizou a construção da igreja paroquial, teve uma vez, ao tempo em que era arcipreste, uma intervenção muito positiva a favor da Alexandrina.

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