terça-feira, 19 de junho de 2012

Relíquias (8)


Uma relíquia salesiana

O P.e Humberto, que veio a Balasar pela primeira vez em 21 de Junho de 1944, não se demorou a inscrever a Alexandrina e a irmã nos Cooperadores salesianos: o Diploma respectivo tem a data de 15 de Agosto do mesmo ano.
Foram várias as congregações religiosas cujos membros intervieram do modo mais positivo junto da Alexandrina, mas na frente estão os Salesianos e os Jesuítas; a seguir vêm os Missionários do Espírito Santo.
A partir de 1944, o P.e Humberto, esteve sempre em contacto, ao menos epistolar, com a Beata de Balasar. Quando em 1948 voltou para a Itália, recebia mensalmente os seus escritos (diários). Por isso, pôde iniciar a sua divulgação logo que ela faleceu e tornar-se o seu principal estudioso e divulgador.
A primeira obra que sobre ela publicou foi a biografia Alexandrina, que saiu em 1957. É um longo estudo de quase 400 páginas. Em 1965, quando inicia a preparação do Processo, começa a publicação de colectâneas de escritos; saíram então Tu sei amore che tutto vince e Tu sei dolore che dà la vita. Já a findar o mesmo Processo, edita em italiano Voleva chiudere l’Inferno, que teve edição portuguesa, em Balasar, em 1967, com o título de Eis a Alexandrina.
Em 1973, fez sair, em Turim, em edição extracomercial e num volume de 838 páginas, a autobiografia Cristo Gesù in Alexandrina. As primeiras 600 páginas contêm textos da Alexandrina e as restantes uma importante colecção de documentos. Escreveu vários outros livros sobre a Beata, mas de importância menor.
Foram quase 30 anos de dedicação à causa da Beata de Balasar!
Entre os muitos leitores do P.e Humberto, merecem aqui ser assinalados alguns que por uma ou outra razão deram grande visibilidade à Alexandrina. Foi o caso do padre salesiano A. Rebesco, italiano, que escreveu L’Estatica, versão abreviada de Alexandrina, e que teve tradução para tailandês, e o do leigo irlandês Francis Johnston, autor do livro Alexandrina, the Agony and the Glory, que depende também de Alexandrina e que lançou a biografada no mundo de língua inglesa.
O Diploma de cooperadora da Alexandrina é um documento de propaganda da obra salesiana: ao cimo lê-se o lema latino de S. João Bosco Da Mihi animas, caetera tolle (Dai-me almas, tirai-me o resto).
Nos extremos laterais, estão as imagens de Nossa Senhora Auxiliadora e de S. Francisco de Sales; nos mesmos extremos, ao fundo, as imagens da Basílica de Maria Auxiliadora e de S. João Bosco.
No nome da Alexandrina, as duas primeiras palavras têm a ordem trocada: ela chamava-se Alexandrina Maria da Costa.

Sem comentários:

Enviar um comentário