sábado, 9 de junho de 2012

O Magnificat, uma oração da Beata Alexandrina (1)


Pelos escritos da Alexandrina, sabemos que ela rezava com alguma frequência o Magnificat. Dum livrinho de 1914, intitulado Ofício de Nossa Senhora, que pertenceu à Deolinda e que se encontra na Casa do Calvário, recolhemos a versão portuguesa desta oração, que era certamente a que ela utilizava.
  
Magnificat
ou
Cântico de Nossa Senhora

A minha alma engrandece ao Senhor
E o meu espírito exultou em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva, por isso desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
Porque me fez grandes coisas o Todo-Poderoso, e santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem.
Ele empregou a força do seu braço, dissipou os que eram soberbos no fundo do seu coração.
Derribou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos e fez pobres os que eram ricos.
Recebeu a Israel, seu servo, lembrando-se da sua misericórdia,
Assim como prometeu a nossos pais, a Abraão e à sua posteridade para sempre.

Glória ao Pai, etc.

A Igreja chama a Nossa Senhora “sede da sabedoria”. O Magnificat validará essa afirmação?
É uma oração muito bela. Aquela jovem de Nazaré, pouco antes, no momento da Anunciação, tinha-se assumido como “a escrava do Senhor”. Isto é, entregava-Lhe toda a sua vida.
O Magnificat é um canto de gratidão, composto de duas partes: a primeira é pessoal – “porque me fez grandes coisas o Todo-Poderoso”; a segunda diz respeito a todos "os que O temem .
Nos dois casos, a confiança ilimitada em Deus leva a autora a olhar para o futuro:
“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada”.
“A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem”.
O poema é um canto exaltante de gratidão, de confiança, de intimidade com Deus, de sabedoria cristã.

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