segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um padre poeta



A Beata Alexandrina conta na Autobiografia que, quando estava na Póvoa, na Rua da Junqueira, e via ao longe aproximarem-se padres, sentava-se para se poder levantar quando eles passassem para assim mostrar o amor filial que lhes devotava. Então havia muitos padres na Póvoa, além do pároco. Havia padres professores, como Afonso Soares, Micallef Pace e o cónego Ricca; havia padres na política, dos quais se destaca Ribeiro de Castro; havia-os no jornalismo e na oratória (como o P.e Leopoldino), na história, na poesia, padres já de idade e padres jovens. Nós abrimos uma página para um deles, poeta, o P.e Meira Veloso. Era mais ou menos da idade do P.e Leopoldino, mas morreu novo, de tuberculose.
Poeticamente é um caso muito interessante já que se aproxima do parnasianismo, distanciando-se assim da poesia tradicional mais subjectiva e romântica, como era a do P.e A. Martins de Faria. Depois, aposta muito no epigrama, na sátira… Isto proporciona-lhe a abordagem de temas inesperados.

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