quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"És rainha dos pecadores, és rainha do mundo"

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No mesmo tempo veio para o meu lado direito a Mãezinha tomando-me para os seus braços. Pediu-me coragem em nome do seu divino Filho.
— Anima-te, minha filha, anima-te, peço-te em nome do meu amor e do teu e meu Jesus. Aceita, sofre tudo, consola o seu divino Coração ferido com os pecados do mundo.
Olha, filhinha, venho confirmar as palavras do meu divino Filho.
És rainha dos pecadores, és rainha do mundo. Aceita o meu santíssimo Manto, é teu, faz o meu lugar. Envolve nele, põe à tua volta os que te são queridos e mais de perto partilham a tua dor. Os que partilham dela e cuidam da causa do meu Jesus são queridos do teu coração, do meu e do de meu bendito Filho. Aqueles que mais associamos ao teu sofrimento são aqueles a quem mais de perto queremos purificar. Coloca depois em volta todos os pecadores. Podes cobrir com o meu Manto o mundo inteiro, chega para todos.
Aceita a minha coroa, és coroada por mim: és rainha.
Meu Deus, que vergonha a minha!
Como eu era pequenina, mesquinha ao pé da Mãezinha! Que vergonha ao sentir Ela colocar sobre os meus ombros o seu santíssimo Manto e sobre a minha cabeça uma coroa de rainha que da sua santíssima cabeça tirou para colocar na minha.
Mãezinha, Mãezinha, que vergonha tenho de Vós e de Jesus! Eu não sou digna de tal. Oh, que miséria a minha !
— Coragem, filhinha, não te envergonhes.
Estás purificada pelo sofrimento e pelo Sangue do teu Jesus, que purificou tudo; tens a alvura do arminho.
O brilho da tua pureza e das tuas virtudes iluminam o mundo, irradia-o o teu perfume.
Enche-te, recebe amor, é meu, é de Jesus.
O amor, carinho e carícias que recebes de Nós atraem a ti as almas.
Dá tudo em nosso nome aos que te são queridos.
Enche-te para salvares o mundo inteiro. Enche-te, é teu, pertence-te, salva-o.
A Mãezinha e Jesus inundaram-me de amor e depois das suas ternas carícias retiram-se.
Fiquei com mais vida e mais alegre.
À medida que o tempo vai passando, a alegria foge, a vida vai falhando. Contudo, grito e gritarei sempre:
— Amo Jesus e a Mãezinha; quero o que Eles quiserem!

Sentimentos da Alma, 1944-12-2

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