sábado, 18 de dezembro de 2010

Il Sorriso nella Croce

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Depois de alguns esclarecimentos iniciais, em que se inclui a Intenção que traduzimos e copiámos abaixo, o opúsculo Il Sorriso nella Croce (103 páginas), desenvolve-se em dez capítulos que dão conta dos momentos principais da vida da Alexandrina, no estilo autobiográfico de Solo per Amore! Termina com um breve epílogo.
Corresponde a uma segunda edição melhorada de Croce e Sorriso, e o seu visual é muito bem conseguido.
A Intenção é atribuída ao Grupo Beata Alexandrina, que é dirigido pela D. Eugénia.

INTENÇÃO

O conhecimento da beata Alexandrina vai-se difundindo rapidamente até aos confins do mundo e espanta pelas grandes maravilhas operadas nela pela Graça divina e pela for­ça do amor desta grande mística.
O Grupo apresenta aqui uma biografia breve que quer pôr em evidência a figura da Ale­xandrina na sua missão de alma-vítima, enquanto membro do corpo místico de Jesus que continua a obra da redenção (Paulo, Col I, 24).
Quer levar o leitor a meditar sobre o papel da alma-vítima.
É certo que nem todo o leitor deve chegar a oferecer-se como alma-vítima!
Mas ansiamos que, meditando sobre estas paginazinhas se sinta estimulado a fazer frutificar as próprias adversidades oferecendo-as com amor a Jesus pela salvação das almas.
Sobre o papel duma alma-vítima, Jesus explica à Alexandrina:
"Eu, para salvar os pecadores, escolho almas, coloco nos seus ombros a cruz e sujeito-me a ajudá-las.
Feliz a alma que compreende o valor do sofrimento!" C (10-1-35)
E a uma outra alma mística, que quer ficar anónima, dirige-se-lhe com uma súplica.

"A MINHA SÚPLICA DE AMOR URGENTE"

«Para salvar o mundo,
preciso de almas consagradas
que me sejam verdadeiras esposas co-redentoras.
Não tenho as suficientes, tenho falta delas;
dai-me estas almas.
Pertencei ao número destas almas!
O meu Coração espera-vos,
o meu Coração suplica-vos!
Mas sabei bem isto:
Eu, Esposo crucificado, desposo crucificando.
Um verdadeiro coração de esposa é a presa do Esposo,
amando tudo o que Ele ama.
Por isso as almas a Mim consagradas
devem perder-se em Mim, deixar-se apanhar e consumir por Mim e para Mim.
Devem, como Eu, ter uma sede ardente da salvação das almas
e da glória do Meu Pai;
amar como Eu a cruz
e os sofrimentos redentores.
Não quereis pertencer todas a este número?
Posso demostrar-vos maior amor
que pedindo-vo-lo?
Por vós fiz-Me vítima:
Sede também vós
hóstias inteiramente consagradas!» [1]

Para quê insistir no pedido de almas-vítimas? Ouçamos o que afirma Pio XII:
«Mistério tremendo, certamente, e sobre que não se poderá jamais meditar o bastante: a salvação de um grande número (das almas) depen­de das orações e das mortificações voluntárias, realizadas com este fim pelos membros do Corpo místico de Jesus Cri­sto».
Meditemos também sobre o facto de que Nossa Senhora em Fátima exortou os três pastorinhos a sofrer pelos pecadores. E aqueles pequenos-grandes santos, com que empenho acolheram o convite!

O P.e Pinho, na biografia No Calvário de Balasar diz que a Alexandrina, nascida em plena era de reparação, é uma daquelas almas que não hesitam em oferecer-se como vítima de reparação e expiação.
Desde então, a situação continuou a piorar: em 1940 a Alexandrina fez o sacrifício de escrever ao chefe do governo (Salazar) e ao cardeal Patriarca (D. Manuel Gonçalves Cerejeira) para a moralização das praias.
E hoje? Não é preciso ir às praias para ver tanta imoralidade!
Se queremos ser cristãos verdadeiramente, não só de nome, devemos sentir o impulso do amor aos irmãos que vivem uma vida perdição e oferecer os nossos sofrimentos com espírito de expiação e redenção, na vida quotidiana seguindo o caminho que Jesus escolheu para nós, que raramente será o de alma-vítima.
O nosso empenho deve ser o de amar.
Jesus diz: "A minha cruz é suave, se levada por amor a Mim" C (l0-1-35); logo amor aos irmãos. E diz ainda:
"Para a alma que ama apaixonadamente Jesus, o Calvário é Tabor". S (27-4-51) Alexandrina, chegada ao fim do seu calvário, afirma:
"Para suportar a dor é preciso espremer-se em amor”. S (26-8-55)
Eis o que nos impeliu a ilustrar a fi­gura da beata Alexandrina, pondo em destaque aquele seu sorriso em tanta dor.

O Grupo

14 Setembro de 2010
Exaltação da Cruz
Nota - As siglas C e S correspondem a Cartas ao P.e Mariao Pinho e Sentimentos da Alma.

[1] Monier-Vinard, Cum Clamore Valido, Génova, Marietti, 1954.

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